Auto Regulação
"Tato é saber expressar o que queremos dizer sem criar um inimigo."
- Isaac Newton
Auto Regulação
"Tato é saber expressar o que queremos dizer sem criar um inimigo."
- Isaac Newton
Modelo ABCDE
Após termos recordado um evento (A), as crenças subjacentes a esse evento (B) e as consequências geradas (C), vamos agora disputar as crenças irracionais do “B” de forma a transformá-las em crenças racionais (D), para conseguirmos obter um novo estado emocional e comportamental mais adaptativo (E). Através deste processo de reformulação cognitiva, desenvolve-se uma atitude mais construtiva e otimista perante a adversidade — uma competência essencial para liderar com equilíbrio emocional e eficácia.
O Modelo ABCDE, também desenvolvido por Ellis (1991) é uma extensão do Modelo ABC.
A diferença do Modelo ABC para o ABCDE, é o que o primeiro serve para nos mostrar o impacto das crenças nos nossos comportamentos e estados emocionais de forma a aumentarmos a nossa autoconsciência sobre os nossos pensamentos automáticos mais distorcidos.
O Modelo ABCDE ajuda-nos a disputar e mudar as nossas perceções e crenças de forma a gerar um novo estado emocional e levar a um novo comportamento.
Vamos, agora, disputar as crenças irracionais do “B”
de forma a transformá-las em crenças racionais (D),
para conseguirmos obter um novo estado emocional e comportamental mais adaptativo (E).
Segundo Albert Ellis, existem quatro grandes grupos de crenças irracionais (Armstrong, 2017):
• Exigências: quando alguém utiliza frases absolutistas como “devo, tenho, preciso”. (e.g., “Tenho de ser bem-sucedido)
• Catástrofe: quando avaliamos algo como sendo 100% mau e negativo. (e.g., “Se não tiver sucesso na minha apresentação, vai ser horrível”)
• Baixa Tolerância à Frustração: crença que algo é insuportável e não pode ser permitido (e.g., “Se as pessoas são rudes, eu não suporto.”)
• Aceitação Condicional do Próprio dos Outros e da Vida: quando nos definimos apenas por um aspeto e precisamos de ser amados por isso. É uma autocondenação. (e.g., “Se falhar nisto, significa que sou um falhado”)
Para combater estas crenças irracionais, podemos utilizar estes quatro tipos de crenças racionais:
• Preferências: em vez de exigirmos algo, a preferência é uma atitude mais útil a ter sobre a vida (e.g., “Adorava ser bem-sucedido, mas não preciso de ser”)
• Anti-Catástrofe: as coisas podem ser sempre piores. (e.g., “Se não tiver sucesso na minha apresentação, vai ser negativo, mas não é algo horrível”)
• Elevada Tolerância à Frustração: enfrentar a dificuldade com mais coragem e resiliência (e.g., “Se as pessoas são rudes para mim, eu não gosto, mas consigo lidar com isso”)
• Aceitação Incondicional do Próprio dos Outros e da Vida: somos muito complexos para sermos avaliados apenas numa dimensão. É impossível definir alguém de uma forma ou de outra. Devemos avaliar o comportamento e não a nossa identidade (eg., “Se falhar nisto, então falhei em algo importante para mim, mas isso não me faz um falhado, apenas um ser humano que falha às vezes”)
Cada sigla representa um componente do modelo:
• A (Activating Event) = Evento interno ou externo ou adversidade
• B (Beliefs) = Crenças sobre o evento, ou seja, a narrativa que utilizamos para dar significado ao evento
• C (Consequences) = Consequências emocionais, fisiológicas e comportamentais
• D (Disputation) = Disputar a crença irracional (B) que temos sobre a situação e transformá-la numa crença mais racional
• E (Effective of Challeging the Belief) = A disputa das crenças irracionais por racionais deverá gerar um novo estado emocional (um novo C)
É verdade que o coordenador pediu revisão, mas isso pode significar que ele quer garantir qualidade, e não que desvaloriza o meu trabalho. O facto de uma ideia não ser aceite não significa desvalorização pessoal.
Emoção: Alívio, aceitação
Atitude: Escutar com mais empatia, pedir esclarecimentos e sugerir uma alternativa com mais calma